E afinal o Técnico não quer Fundação…

Segundo o Público, o Conselho Científico do IST chumbou uma proposta de constituição de uma assembleia para criar a tão falada Fundação do IST:

Votação renhida

11.10.2007, Bárbara Wong

276doutorados do Técnico votaram contra a criação de uma assembleia ad hoc para a eventual criação de uma fundação
a O conselho científico do Instituto Superior Técnico (IST) disse “não” à criação de uma fundação pública de direito privado, uma figura prevista no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que ontem entrou em vigor. Na segunda-feira o conselho científico, que reúne cerca de 700 professores doutorados, reuniu-se para discutir a proposta de criar uma assembleia ad hoc para eventual criação da fundação. As votações decorreram até ontem e, contados os votos, 276 professores recusaram, contra 258 a favor de que se criasse a assembleia, nove votos brancos e um nulo.
“Não tenho memória de uma votação tão participada”, diz um professor que não quer ser identificado. “A escola está dividida”, aponta uma docente que pede o anonimato. “Esta foi uma grande derrota para o senhor ministro e para o presidente do Técnico”, interpreta um outro docente.
A nova lei prevê que as instituições interessadas possam constituir-se em fundações de direito privado. Desde que o projecto do ministro Mariano Gago começou a ser discutido que uma das vozes a favor da mudança foi a do presidente do IST, Carlos Matos Ferreira, que declarou o desejo que o Técnico saísse da Universidade Técnica de Lisboa e fosse uma fundação. Porquê? Porque poderia passar a escolher os seus alunos e professores, além de que teria um orçamento maior, explicou na altura. Agora, a sua escola disse “não”.
Ao longo do processo de discussão da lei ouviram-se críticas e o reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos, chegou mesmo a dar voz a alguns rumores de que esta lei era feita à medida do IST. Durante a cerimónia de abertura do ano académico disse que o ensino superior teria melhores reformas “se quase todos os responsáveis políticos” do ministério não fossem “de uma só escola”.
O ministro Mariano Gago, o secretário de Estado Manuel Heitor, o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia João Sentieiro, o director do programa Portugal/MIT Paulo Ferrão são todos do IST.
O PÚBLICO tentou ouvir Matos Ferreira e Ramôa Ribeiro, reitor da Universidade Técnica de Lisboa, sem sucesso.

Na curta discussão que houve sobre o RJIES muito se falou da enorme vontade que o Técnico tinha em criar uma fundação de direito privado mas…

Afinal a vontade era apenas do ministro Gago e seus amigos.

2 Respostas to “E afinal o Técnico não quer Fundação…”

  1. Toma lá!
    A proposta de se criar uma assembleia foi chumbada (e bem!) pelos professores. Não deixa de ser um boicote.
    Resta saber se se avança na mesma para fundação, mas sem a assembleia ad hoc…

  2. Hpólito Nunes Says:

    Estes ministros aparecem sempre com internet disease ao contrário… Olhem só para aquela fronha do mariano gago, parece que foi esfaqueado e que está às portas da morte!

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